Proprietários dos Campos de Palmas apostam em licenciamentos de parques eólicos

RBJ - http://www.rbj.com.br/ - 07/08/2017
Proprietários, que aguardam há pelo menos 10 anos a execução do projeto de implantação de seis parques eólicos sobre suas áreas nos Campos de Palmas, avaliaram positivamente o encaminhamento para a obtenção dos necessários licenciamentos dos empreendimentos. Reclamam que com impedimentos produtivos impostos pela criação Unidade de Conservação Federal(UC) Refúgio da Vida Silvestre dos Campos de Palmas, pelo governo federal em 2005. Para resolver a questão, que se arrasta há mais de dois anos, deverá ser alterada a legislação que permitirá a produção de energia limpa na área de conservação federal o que garantirá renda aos proprietários.

Na tarde deste domingo(06) após reunirem-se com a Dep. Federal, Leandre(PV)manifestaram que a perspectiva anunciada pela parlamentar em torno da assinatura de um novo Decreto pelo Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, traz um alento aos mais de 40 proprietários.

Representante do grupo de proprietários, Joaquim Ribas, destacou que a luta pelo complexo eólico vem se arrastando há dez anos, através de muitos percalços. Inicialmente faltavam investidores, mas resolvida esta demanda, surgiram as questões ambientais. "Agora com o apoio da Deputada a coisa está andando. Acreditamos que estamos indo para a reta final", avaliou o proprietário da centenária fazenda. Informou que somente nas propriedades vinculadas à família e que compõem a Unidade de Conservação Federal, serão gerados 84 megawatts e uma renda mensal de aproximadamente R$ 60 mil reais.

Lamentou prof. Joaquim Ribas, que com a criação do Refúgio os proprietários se descapitalizaram pela imposição de limitações de expansão produtiva. "Estamos engessados, perdemos renda, empobrecemos, nossas terras perderam valor. A instalação do complexo eólico é uma maneira de compensar nossas perdas desde 2005", disse ele. Além disso, considerou que os investimentos superiores a R$ 1 bilhão de reais nos Parques Serra da Esperança, Água Santa e Rota das Araucárias, com capacidade de 170 megawatts, será a redenção econômica e social do município de Palmas.

Outro proprietário, Martim Ribas, enalteceu o trabalho da Deputada Federal, Leandre(PV) e do vereador palmense, Marquinhos Gomes, que se dedicam para destravar os processos para a obtenção das licenças dos empreendimentos pelas empresas Encomex, Grupo Toressani e Gaboardi.

Conforme Martim, além de possibilitar renda aos proprietários das terras e compensá-los em suas perdas ao longo dos anos, o investimento trará benefícios para toda o município. Disse que a assinatura de um decreto pelo Ministro do Meio Ambiente servirá para viabilizar até mesmo a Unidade de Conservação, que na sua opinião, foi criada com atropelos e incoerências. "A implantação dos Parques Eólicos conseguirá melhorar a imagem desta unidade que é maculada pelos vícios na sua origem, pois foi implantada sobre áreas de lavouras, silvicultura e totalmente antropizadas" destacou.

Citou o exemplo que nas terras vizinhas, fora do limite da UC, são produzidos diversos produtos com elevado valor comercial e rentabilidade, como batata, soja, milho, pinus e as propriedades tem valor até 10 vezes superior às do interior do parque. "Precisamos buscar essa nova realidade econômica, que poderá vir com autorização para implantação dos Parques Eólicos no interior da unidade de conservação", projetou.



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UC:Refúgio da Vida Silvestre

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