Mico-leao voador cuida de Cabo Frio

OESP, Vida, p.A31 - 04/06/2005
Mico-leão voador cuida de Cabo Frio
A partir de hoje, monomotor de empresário e ambientalista passa a monitorar as áreas de proteção da Região dos Lagos AMBIENTE Clarissa Thomé RIO As reservas florestais e áreas de proteção ambiental de Cabo Frio, na Região dos Lagos, passam a ser monitoradas por um mico-leão-dourado voador. Na verdade, um monomotor FK-9 que leva um desenho do animal na cauda e será apresentado à população hoje, véspera do Dia Mundial do Meio Ambiente. O avião foi comprado pelo empresário gaúcho radicado na cidade Ernesto Galiotto para o registro, em fotos aéreas, de construções irregulares, desmatamento e extração de areia.
Galiotto, dono de uma vinícola e ambientalista há 18 anos, já tem cem horas de sobrevôo pela região e 11 mil fotos catalogadas. Foram elas que ajudaram a demarcar duas APAs e o Parque Municipal Mico-Leão-Dourado. Também serviram de base para 30 processos de crimes ambientais, como o que apura o desmatamento de 400 mil m2 deste parque para a construção de um loteamento.
"As grandes destruições só são pegas pelo ar. Eles deixam um corredor de mata e trabalham ali dentro, derrubando árvores, loteando a região. E não adianta dizer para o juiz que foi cometido um crime ambiental. É preciso provar. E a imagem não deixa dúvida", explica o ambientalista.
Em 1994, Galiotto comprou uma área de 138 hectares, transformada no Parque da Preguiça. Começou, aí, uma de suas brigas mais duras - contra a extração de areia, que deixava crateras em Tamoios, distrito de Cabo Frio. Ações judiciais fecharam 23 minerações que atuavam no parque. Ele sofreu ameaças de morte. Avisou: "Não tentem nada contra mim ou eu bombardeio vocês." E cumpriu. Um dia, sobrevoou a região e lançou "petardos" na água, perto das áreas de exploração areeira. Houve correria e um processo judicial, do qual foi absolvido. Os mineradores garantiram que as bombas fizeram tremer a região e Galiotto portava um AR-15. O fuzil era, na verdade, sua câmera; as "bombas", jacas de um sítio.

Polícia prende 6 traficantes de animais
Biaggio Talento APREENSÃO: Agentes da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal prenderam ontem em Feira de Santana, a 108 km de Salvador (BA), seis comerciantes que estavam vendendo animais silvestres na central de abastecimento. Foram encontrados 59 pássaros de 9 espécies, além de 2 jabutis. Os acusados foram indiciados e liberados.
Anteontem, uma operação da Polícia Rodoviária Federal resultou na prisão de outros 15 traficantes de animais e na apreensão de mais de 700 pássaros, a maioria encontrada num caminhão-baú a serviço da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).
O comércio ilegal de animais silvestres é crime previsto no artigo 29, inciso III, da Lei 9.605/1998. A punição pode ser de até 1 ano de prisão e multa.

OESP, 04/06/2005, p. A31
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