Reserva Extrativista do Mandira mostra gestão da UC a comitiva de Angola

ICMBio - www.icmbio.gov.br - 27/06/2008
No dia 13 de junho, a Reserva Extrativista do Mandira, em São Paulo, cujos moradores são populações tradicionais quilombolas, recepcionou a missão Angolana, composta por membros do Ministério do Meio Ambiente, da Televisão Estatal Angolana e do Instituto de Reintegração Social de Militares de Angola.

Segundo representantes da comitiva, o objetivo da visita era conhecer a categoria de unidade de conservação de uso sustentável, tais como a reserva extrativista, uma vez que Angola está passando por reformulações em seu modelo de UC's. Os parques nacionais angolanos, devido ao intenso combate das milícias angolanas, tiveram suas áreas invadidas por populações que fugiam e se refugiavam da guerra. A comitiva visava conhecer este modelo de unidade e sua forma de gestão participativa para possivelmente aplicar no país.

A visita teve início na Cooperativa de Ostras de Cananéia (Cooperostra), onde os quilombolas e outros manejadores de ostras realizam as atividades de tratamento, manipulação e comercialização de ostras nativas.

Em seguida, a comitiva seguiu para a sede da Associação dos Moradores Remanescentes de Quilombo da Reserva Extrativista do Mandira (Rema), onde foram recepcionados pelo presidente da Associação, Carlos Coutinho e demais membros da comunidade. Nesta oportunidade, Coutinho contou a saga dos mandiranos aos angolanos, desde meados do sécul XIX, da posterior venda de parte das terras dos mandiranos e da conquista da Reserva Extrativista, com a atual gestão.

Na seqüência, os angolanos foram convidados para participar de um almoço comunitário. Logo após foram às compras na loja de artesanato do grupo de mulheres de costura e artesanato da Resex. De lá a comitiva angolana foi convidada a participar de uma missa afro, juntamente com os comunitários, em homenagem ao padroeiro e aos afro-descendentes.

Após a missa, os angolanos visitaram a Casa de Pedra, ruína de uma construção colonial para beneficiamento de arroz, onde os escravos trabalhavam. A atividade foi encerrada com a visita ao porto de entrada da Reserva Extrativista na região estuarina lagunar de Cananéia.
UC:Reserva Extrativista

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