A Floresta (Flona) Nacional de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, dá início nesta semana a um trabalho em parceria com o Projeto Conservabio. O projeto tem como objetivo agregar valor e renda para populações tradicionais, por meio do uso sustentável dos produtos florestais não-madeiráveis. Prevê ainda a criação de uma rede de sistemas agroflorestais da floresta ombrófila mista, como a diversificação de espécies e plantio de populações base para gerar a produção de sementes e mudas. Entre os produtos florestais não-madeiráveis estão os medicinais, alimentícios, artesanais e condimentares.
O projeto prevê a participação de três grupos da comunidade do entorno da Flona de Passo Fundo, da Reserva Indígena de Carreteiro e do Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), ONG que fornece assistência técnica aos agricultores agroecológicos da região, bem como para projetos de implantação de sistemas agroflorestais em várias propriedades.
O Conservabio foi proposto pela Embrapa Florestas em parceria com o Instituto Chico Mendes e universidades da região. Agora, está agregando novas parcerias. Em Mato Castelhano, onde está localizada a Flona, o projeto tem apoio de representantes da Emater, prefeitura, do Grupo de Terceira Idade e da Associação de Produtores de Suínos e Leite.
Nesta semana, começa o trabalho na Flona, em Mato Castelhano, com a população local envolvida, principalmente com o Grupo da Terceira Idade e entidades locais, para traçar o levantamento das espécies nativas utilizadas tradicionalmente pela comunidade.
Segundo o chefe da Flona, o analista ambiental Remi Osvino Weirich, esta etapa é chamada de levantamento etnobotânico e tem como objetivo identificar potenciais espécies para foco de trabalho pelo Conservabio. Prevê reunião com o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap), em Passo Fundo, para definir as linhas de trabalho a serem seguidas pelo Conservabio junto aos agricultores ecológicos atendidos pela ONG na região.
Na sexta-feira (25) ocorre reunião, pela manhã, na Reserva Indígena do Carreteiro, no município de Água Santa, para definir o interesse da comunidade indígena em participar do Projeto.
Para o chefe da Flona, o momento é importante pois vai definir prioridades do Projeto Conservabio na Flona de Passo Fundo e região. "Vamos buscar identificar, juntamente com a comunidade, as espécies nativas prioritárias para serem alvo de estudos pelo projeto", explica. | AGBio
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