Mamirauá auxilia na formação de analistas ambientais

MCT - www.mct.gov.br - 21/09/2009
As experiências do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT) nas áreas de comunicação popular e de manejo participativo de recursos naturais nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã (AM) serão relatadas para analistas ambientais recém ingressos no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Esses profissionais, que trabalharão na região amazônica, participam do curso Formação em Gestão da Biodiversidade na Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó (SP), que é realizado pelo ICMBio até 10 de outubro.

O objetivo é oferecer aos 170 profissionais os conhecimentos necessários para o desempenho de suas funções. Nesse sentido, eles também participarão da Feira de Experiências, evento que integra a programação do curso para apresentar trabalhos desenvolvidos com populações tradicionais que habitam unidades de conservação. As experiências do Instituto Mamirauá serão relatadas amanhã (22) e quarta-feiras (23) por Thiago Antônio de Souza Figueiredo, membro da equipe de Comunicação Comunitária, e por Ellen Sílvia Ramos Amaral, coordenadora do Programa de Manejo de Pesca.

As atividades de comunicação comunitária do Instituto Mamirauá englobam a Rede Ribeirinha, um projeto destinado às populações tradicionais das Reservas Mamirauá e Amanã. Seu objetivo é capacitar moradores, especialmente jovens, dessas unidades de conservação como comunicadores populares. Hoje, 39 pessoas de 17 comunidades das Reservas participam do projeto, contribuindo com entrevistas e reportagens veiculadas em três rádios-poste, no Informativo O Comunicador, editado pelos próprios comunitários, e no programa de rádio Ligado no Mamirauá, produzido pelo IDSM.

Já o Programa de Manejo de Pesca assessora comunidades das duas reservas e uma de suas atividades é o manejo do pirarucu, peixe endêmico da região amazônico e de alto valor comercial, que pode chegar a medir três metros e pesar 250 quilos. Hoje, 23 comunidades e três colônias de pesca dos municípios de Alvarães, Tefé e Maraã são assessorados pelos pesquisadores e técnicos do Programa.

Em 2008, a pesca de pirarucu manejado beneficiou 926 pescadores dessas comunidades e colônias. Foram capturados 5.250 pirarucus e comercializadas cerca de 242 toneladas de peixe. Essa cota pescada representa cerca de 30% dos estoques explorados, regra básica para assegurar a reprodução e a continuidade da população. O faturamento total bruto da venda do pescado em 2008 foi próximo de R$ 1 milhão. Os rendimentos são distribuídos entre os pescadores pelas suas Associações ou Colônias de Pesca.

Sobre o IDSM

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá é uma Organização Social (OS), supervisionada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Criado em 1999, sua missão é promover a conservação da biodiversidade mediante o manejo participativo e sustentável de recursos naturais. Sua sede é em Tefé (AM).

O Instituto é cogestor das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã, duas unidades de conservação com, respectivamente, 1,12 milhão e 2,35 milhões de hectares, áreas reconhecidas internacionalmente pela importância de sua biodiversidade. Tem o apoio do governo do Amazonas, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e do Wildlife Conservation Society/Fundação Gordon Moore.
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Unidades de Conservação relacionadas

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